Crédito Rural - Fomentando o Desenvolvimento Agrícola

O crédito rural desempenha um papel fundamental no apoio e desenvolvimento da agricultura, sendo imprescindível para impulsionar a produção agrícola e promover o crescimento econômico nas áreas rurais. O intuito do crédito rural é fornecer recursos financeiros aos produtores rurais para que possam investir em suas atividades agrícolas, modernizando suas propriedades, adquirindo insumos, maquinários e implementando manejos mais avançados.

Essa modalidade de crédito, geralmente, é oferecida por instituições financeiras, como bancos e cooperativas de crédito, em parceria com órgãos governamentais, que estabelecem políticas e diretrizes para sua concessão.

Hoje, o mercado de crédito rural é muito mais adaptável à realidade ou necessidade do produtor rural, existindo diversas linhas de crédito disponíveis, cada uma com suas particularidades e condições específicas. Entre as principais formas de fornecer crédito rural estão o financiamento rural, custeio agrícola, crédito de investimento agropecuário, comercialização e de desenvolvimento industrial.

O financiamento rural foi iniciativa criada pelo Governo Federal a partir do Fundo de Terras da Reforma Agrária, que, posteriormente, fundou o Programa Nacional de Crédito Fundiário, chamado de Terra Brasil. Essa modalidade de crédito é destinada a aquisição de terra.

A modalidade de crédito rural de custeio, por sua vez, consiste na cobertura de despesas ligadas à produção agrícola e pecuária, podendo, por exemplo, custear fertilizantes, um custo comum do ciclo de produção.

Diferente da modalidade anterior, o crédito rural de investimento tem destinação voltado a adquirir ferramentas necessárias ao início do plantio. Essa costuma ser uma modalidade utilizada para adquirir frota de tratores, semeadeiras, colhedeiras, pulverizadores, entre outras ferramentas e tecnologias

Já mirando o pós-colheita, existe a modalidade de crédito rural para comercialização, com o intuito de financiar ferramentas ou outros custos envolvidos na comercialização da produção, envolvendo logística, estoque, entre outras despesas decorrentes.

Com intuito de se desenvolver “industrialmente”, existe também a modalidade de crédito rural para a industrialização, visando disponibilizar recursos às cooperativas ou agroindústrias para o financiamento das despesas inerentes ao processo de industrialização ou beneficiamento da produção.

Indo além das linhas de crédito, outras facilitações também podem ser oferecidas dentre do escopo do crédito, como subsídios e incentivos fiscais, visando a redução dos juros e a facilitação do acesso ao crédito por parte dos produtores rurais.

A busca pelo crédito tem sido expressiva no ciclo 23/24 devido ao risco de quebras de safra. Segundo dados do Ministerio da Agricultura, as liberações de crédito previstas no Plano Safra para a agricultura familiar e empresarial totalizaram R$ 249 bilhões nos primeiros seis meses do ciclo. Isso representa um aumento de 16% ante o mesmo período do ciclo 22/23. Em linhas de crédito de custeio, o montante cresceu para R$ 142 bilhões, representando 10% de aumento. O crédito destinado à comercialização chegou a R$29 bilhões, quase dobrando, enquanto nas linhas de industrialização o aumento foi maior que 100%, alcançando o montante de R$ 22 bilhões.

Neste primeiro período, os recursos adquiridos desvinculados ao Plano Safra superaram R$ 115 bilhões e representaram 46% do total. Na safra 22/23, o valor nesse período foi inferior a 40%.

Ainda, o BNDES, diante da necessidade de fôlego das cooperativas, decidiu por dobrar a linha, alcançando R$ 4 bilhões, e, ainda melhorando condições de juros e prazo para as cooperativas do norte e nordeste.

Com isso, podemos enxergar a notoriedade do mercado de crédito rural, sendo um verdadeiro aliado do produtor rural, claro, indicando sempre que se desenvolva uma estratégia de forma responsável e planejada, levando em consideração as características e peculiaridades de cada atividade agrícola.

Em matéria de inovação, hoje, existem diversas plataformas que procuram solucionar as dores dos produtores rurais na obtenção de crédito. No Brasil, em 2023, foram concedidos cerca de R$ 300 bilhões em crédito pelo Banco Central do Brasil, mas acessar esse crédito, muitas vezes, é um entrave. Com isso, o mercado de agtechs procura facilitar esse acesso, em muitos casos, ligando o produtor ao mercado financeiro, utilizando inteligência artificial para análise de dados, gerando valor ao produtor rural que procura esse suporte.

 


Agfintech Traive capta US$ 20M em rodada com BB

O crédito rural é um fomentador de desenvolvimento, inclusive, se tratando do mercado das agtechs. No início do mês, a agfintech Traive anunciou uma rodada de investimento com montante total em US$ 20 milhões. A rodada foi feita, no Banco do Brasil, através do fundo “BB Impacto ASG” sob gestão da VOX Capital e coliderada pelo fundo de venture capital Astella, entre outros investidores já presentes dentro da startup.

A Traive tem como objetivo fazer a ponte entre o crédito agrícola ao mercado de capitais, por meio da inteligência artificial, examinando mais de 2,5 mil pontos de dados. Com isso, a ferramenta oferece mais assertividade, oferecendo o crédito agrícola e venda de recebíveis numa só plataforma.

O Banco do Brasil , agora, integra um captable que reúne investidores do calibre de BASF Venture Capital, fundos SP Ventures e Astella . A Traive já fora visitada em rodadas anteriores, por grandes veículos como o Minerva Foods VC, Syngenta Group Ventures, Serasa Experian VC e CSN – Companhia Siderúrgica Nacional Inova Ventures.

Link matéria Startups

BNDES Anuncia um Aumento para R$ 4 Bilhões de Linha de Crédito para o Agronegócio

O BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) anunciou que está dobrando o volume de recursos para o crédito em dólar, com o objetivo de dar fôlego ao produtor rural, e, um reforço às cooperativas.

A reunião com os representantes das principais cooperativas, o ministro da agricultura, Carlos Fávaro e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, aumentaram a linha de crédito em R$ 2 bilhões para cooperativas e foram definidas também facilitações na linha de crédito, trazendo juros menores e um prazo para quitação maior para as cooperativas localizadas no Norte e Nordeste.

Na mesma reunião, também foram anunciados mais R$ 4 bilhões em linha de crédito em dólar oferecida aos empresários que, desde abril de 2023, tem receita atrelada à moeda norte americana.

Link matéria AgFeed


SHOW RURAL COOPAVEL INICIA O CIRCUITO DAS GRANDES FEIRAS DO AGRO E BANCO DO BRASIL ESPERA VOLUMES BILIONÁRIOS

O Banco do Brasil , um dos principais players de crédito rural no país, espera acolher R$ 1,7 bilhão em propostas de financiamento durante o Show Rural Coopavel, valor 13,3% superior ao registrado na edição de 2023.

“Estamos dando início ao circuito das grandes feiras de 2024, oferecendo mais uma vez o apoio à toda cadeia produtiva do agronegócio, desde os agricultores familiares até as cooperativas e agroindústrias…” afirma Tarciana Paula Gomes Medeiros, presidenta do Banco do Brasil.

Durante o Show Rural Coopavel, os consultores do Broto (plataforma digital agro do Banco do Brasil) divulgarão as facilidades e benefícios para os produtores rurais e para as empresas participantes, visando a promoção de negócios. Além disso, as empresas parceiras do Broto oferecerão, durante o evento, condições diferenciadas de negócios para produtos e serviços ofertados na plataforma.

Link matéria Monitor Mercantil


QUEBRA DE SAFRA E QUEDA DE PREÇOS DOS GRÃOS DEVERÃO AFETAR DEMANDA POR CRÉDITO RURAL

Mesmo com o aumento da procura pelos recursos do Plano Safra 2023/24 tenha aumentado entre julho e dezembro, as perspectivas para os desembolsos entre janeiro e junho, sobretudo de crédito a juros livres, sofrem grande influência da produção de soja e milho no Centro-Oeste e pela queda dos preços desses grãos nos mercados externo e doméstico.

O Ministerio da Agricultura mostra que, as liberações de crédito previstas no atual Plano Safra para a agricultura familiar e empresarial totalizaram R$ 249 bilhões nos primeiros seis meses do ciclo, com aumento de 16% ante o mesmo período da temporada anterior. Nas linhas de custeio, o montante cresceu 10%, para R$ 142 bilhões, as operações voltadas à comercialização quase dobraram, para R$ 29 bilhões e os desembolsos para industrialização registraram mais de 100% de aumento, para R$ 22 bilhões.

Dos meses de janeiro a junho, os desembolsos de recursos, excluídos os do Plano Safra, superaram R$ 115 bilhões e representaram 46% do total, no ciclo de 2022/23, o mesmo período registrou 40%. O Banco do Brasil lidera os desembolsos de crédito rural no país, com R$ 195 bilhões no período (+ 8,4%), tendo as cooperativas e instituições financeiras como fortes players no mercado de crédito. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são as principais fontes dos recursos, mesmo que se explore, também, outros produtos também.

Link matéria InfoMoney


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