Bioenergia – inovar para renovar

Hoje o assunto é “bio”, do grego “vida”. E a melhor forma de iniciar a newsletter de hoje é anunciando a nossa parceria na campanha “O AGRO CONTRA O CÂNCER”, junto ao Hospital de Amor. Vamos utilizar todos os nossos canais para divulgar sobre as doações, tão necessárias para manter a excelência do hospital na cura e combate ao câncer. Vamos ajudar? Todas as informações estão neste linke ao final da newsletter.

Com uma iniciativa como esta, é para começarmos a manhã “bioenergizados”. Perdão pelo trocadilho, pegue seu café e vamos falar sobre bioenergia.

Alexandre Alonso, chefe-geral da Embrapa Agroenergia, define a bioenergia como toda forma de energia produzida a partir de fontes biorenováveis, “principalmente derivadas de biomassas agrícolas dedicadas ou residuais”, complementa. Tal conceito inclui todos os tipos de biocombustíveis — líquidos, gasosos ou sólidos — bem como a bioeletricidade.

A principal característica que distingue a bioenergia das fontes de energia tradicionais é sua renovabilidade, o que a torna sustentável a longo prazo, enquanto as energias fósseis são finitas e com maior impacto ambiental ao liberar grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂) e outros gases de efeito estufa.

O Relatório de Tecnologia e Inovação de 2023 da UN Trade and Development (UNCTAD)enumerou 17 tecnologias de ponta que são capazes de gerar receitas de até US$ 9,5 trilhões até 2030 e realizou um ranking de 166 nações conforme a capacidade de adotar, adaptar e usar equitativamente estas inovações. Nele, o Brasil ficou na segunda posição em capacidade para bioenergia, na frente dos Estados Unidos e atrás da China.

A bioenergia corresponde a 43% de participação de energias renováveis da matriz, segundo dados da Bioenergia Brasil. Em 2023, as emissões evitadas pela bioenergia alcançaram 53,6 gCO2eq/MJ, o que equivale ao plantio de 130 mil hectares de árvores nativas. E só no primeiro semestre, evitou emissão de 14,9 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2 eq.), o equivalente ao plantio de 36 mil hectares de árvores nativas, segundo o Dashboard de descarbonização da Matriz de Combustíveis, do Observatório de Inovação e Conhecimento em Bioeconomia (OCBio) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Fonte:

Biocombustível:

Biocombustíveis são combustíveis derivados de biomassa, ou seja, materiais orgânicos renováveis que podem ser convertidos em energia e são utilizados principalmente no transporte e na geração de energia. Segundo o Future Market Insights, Inc., a demanda por biocombustíveis deve chegar a US$ 43 bilhões em 2033. Tal potencial criou uma verdadeira corrida entre empresas como a Raízen, Acelen Renewables, FS Bioenergia, Vibra, Grupo BBF , Inpasa Brasil e até cooperativas como a Coamo a investirem na produção de biocombustíveis.

Um levantamento feito pela AgFeedmapeou mais de R$ 30 bilhões em projetos anunciados por grandes grupos até o ano passado. Atualmente, as cifras devem ser ainda maiores, considerando que a produção de biocombustíveis alcançou um recorde histórico em 2024. Segundo dados do Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2024 da ANP, o etanol e o biodiesel somaram quase 43 bilhões de litros produzidos em 2023, alcançando recorde histórico.

Entre os principais tipos de biocombustíveis, temos:

Etanol

Produzido pela fermentação de açúcares encontrados em plantas, como cana-de-açúcar, milho, beterraba e outras culturas ricas em amido, o etanol é utilizado principalmente como aditivo à gasolina ou como combustível puro em veículos flex.

A safra de 2023/24 produziu 35,61 bilhões de litros de etanol, um aumento de 15% em relação à safra anterior. Deste volume, 29,69 bilhões de litros foram de origem da cana-de-açúcar (aumento de 11,9%) e 5,92 bilhões de litros foram de milho (aumento de 33,1%), conforme o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Biodiesel:

Produzido a partir de óleos vegetais (soja, palma, canola, girassol, mamona, dendê, macaúba) e gorduras animais, por meio de um processo químico chamado transesterificação, o biodisel pode ser usado puro ou misturado com diesel derivado de petróleo.

Segundo a ANP, no ano passado a produção nacional foi de mais de 7,5 bilhões de litros, impulsionada pela elevação do percentual de mistura obrigatória ao diesel para 12%, a partir de 1º de abril de 2023.

Biogás:

Produzido pela decomposição anaeróbica (em ausência de oxigênio) de matéria orgânica, como resíduos agrícolas, esterco animal, lixo orgânico e esgoto, o biogás é composto principalmente de metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2), sendo utilizado para gerar eletricidade, calor ou como combustível para veículos.

Em 2023, o biometano apresentou crescimento de 12,3% em relação ao ano anterior, sendo produzido 74,9 milhões de m³.


Rural Talks – #112 Kaiima: Revolução Genética na Mamona

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de mamona, ficando atrás apenas da Índia e da China. A planta tem um potencial enorme para a economia circular e bioenergia, mas não é tão conhecida pelo mercado de forma geral.

Assim, na edição #112 do Rural Talks, conversamos com Edison T Kopacheski Jr, CEO da Kaiima Seeds, uma empresa de genética e melhoramento de mamona que desenvolve híbridos inovadores de alta produtividade para sistemas agrícolas modernos, em grande escala e que está reescrevendo o futuro do cultivo de mamona no mundo. Ouça ou assista no seu canal preferido: YouTube e Spotify.


Startups:

Para a edição de hoje, destacamos 2 startups que atuam com tecnologias para bioenergia: a Aimirim e @Protium Dynamics.

É startup? Cadastre-se em nossa base para se conectar com nossas empresas parceiras!

Aimirim – tecnologias emergentes para a indústria

A Aimirim é uma startup fundada por pesquisadores daUFU Faculdade de Gestão e Negócios – FAGEN, que desenvolveram para a indústria uma plataforma completa com produtos de automação avançada, gêmeos digitais, analytics avançado e sensores inteligentes.

A startup possibilita uma redução de 30% dos insumos necessários para produção de energia enquanto gera o mesmo valor calórico e na Raízen possibilitou o aumento de eficiência de caldeiras nos parques de bioenergia.

Saiba mais em: https://www.aimirimsti.com.br/


Protium Dynamics rumo à descarbonização

A empresa foi fundada em 2015 em Maringá – PR com a visão de pesquisar e desenvolver tecnologias de hidrogênio para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e aumentar a eficiência energética, focada na transição do uso de combustíveis fósseis para combustíveis mais limpos.

“Nós desenvolvemos tecnologia baseada em hidrogênio renovável, principalmente de aplicação e produção de H2 para a redução de consumo de combustíveis fósseis e emissão de poluentes. Trabalhamos com esta parte de transição energética, substituição total ou parcial de combustíveis fósseis. Em nosso principal produto, o Ecotorque, usamos hidrogênio como aditivo para melhorar a queima e consumir menos diesel”, ressalta o engenheiro químico e um de seus fundadores da startup, Igor Zornitta Zanella ella em entrevistapara a Agência do Estado do Paraná.

Saiba mais em: https://protiumdynamics.com/pt_br/quem-somos/


Notícias relacionadas:

Mercado de biocombustíveis do Brasil alcança recorde histórico em 2023, diz ANP

Com a produção de 43 bilhões de litros de etanol e biodiesel, o mercado brasileiro de biocombustíveis alcançou recorde histórico em 2023. O resultado foi reflexo do crescimento do setor e da diversificação das fontes de energia renováveis no País.

Os dados são do Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2024, divulgado pelaAgência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Leia mais em: https://www.opovo.com.br/noticias/economia/2024/07/18/mercado-de-biocombustiveis-do-brasil-alcanca-recorde-historico-em-2023-diz-anp.html


Brasil terá 20 novas biorrefinarias de etanol de milho nos próximos anos

Alternativa ao tradicional etanol de cana-de-açúcar e pilar importante da indústria de biocombustíveis, o etanol de milho tem ganhado destaque no Brasil. Atualmente, cerca de 20% do etanol consumido no País é derivado do grão e as movimentações apontam para uma expansão significativa da capacidade de produção nacional. Segundo a UNEM – União Nacional do Etanol de Milho, 20 novas biorrefinarias estão com autorização de construção ou programadas para os próximos anos, sendo maior parte delas no Centro-Oeste do País.

Leia mais em: https://jornalcana.com.br/eventos/brasil-tera-20-novas-biorrefinarias-de-etanol-de-milho-nos-proximos-anos/


Embrapa e UDOP firmam nova diretriz estratégica para impulsionar a bioeconomia

A Embrapa anunciou uma nova diretriz estratégica focada na bioeconomia durante o 17º Congresso Nacional da Bioenergia, realizado em Araçatuba – SP, nos dias 2 e 3 de julho. Em um momento da realização do Painel Magno, a Embrapa e a UDOP – União Nacional da Bioenergia assinaram um protocolo de intenções, reafirmando o compromisso conjunto de implementar ações estratégicas para fortalecer a pesquisa no setor bioenergético.

“As associadas da UDOP estão disponíveis para atuar como campos experimentais, demonstrando um comprometimento autêntico com a inovação e o avanço na agricultura e na produção de bioenergia. Essa colaboração é essencial para impulsionar melhorias que beneficiarão toda a cadeia produtiva. Juntos, fortalecemos não apenas o setor, mas também construímos um futuro mais sustentável e próspero para todos”, enfatizou Hugo Cagno Filho, presidente da UDOP.

Leia mais em: https://jornalcana.com.br/eventos/embrapa-e-udop-firmam-nova-diretriz-estrategica-para-impulsionar-a-bioeconomia/


Inpasa investe R$ 5 bilhões em novas usinas de etanol de milho

A Inpasa está investindo R$ 5 bilhões em um ambicioso projeto de expansão. A empresa está construindo duas novas usinas, uma em Mato Grosso do Sul e outra no Maranhão, e ampliando duas unidades já existentes em Mato Grosso. Segundo os executivos da empresa, que faturou R$ 11,467 bilhões em 2023, os investimentos são de recursos próprios e, também, de financiamentos.

As novas unidades estão localizadas em Sidrolândia – MS e Balsas, a primeira usina de etanol de milho do Maranhão. A planta de Sidrolândia, com capacidade para moer 2 milhões de toneladas de milho e um custo estimado de R$ 2,3 bilhões, deve inaugurar sua primeira fase de operação no final de agosto, e a segunda fase em outubro.

Leia mais em: https://jornalcana.com.br/usinas-notas/inpasa-investe-r-5-bilhoes-em-novas-usinas-de-etanol-de-milho/


O plano de R$ 12 bilhões da Acelen para fazer, com macaúba, o biocombustível do futuro

Ao longo dos próximos 15 anos, a empresa prevê incorporar nesse corredor mais de 200 mil hectares de terras para a produção de macaúba e pelo menos cinco hubs agroindustriais de esmagamento do fruto.

Segundo estudo da FGV, esse impacto pode atingir R$ 222 bilhões nesse período, abrangendo a geração de mais de 90 mil empregos diretos e indiretos, além da geração de novos impostos federais, estaduais e municipais.

“Esse valor corresponde à soma de todos os resultados econômicos na cadeia, com os valores agregados com a compra de insumos, serviços, equipamentos e tudo mais”, explica Marcelo Cordaro, vice-presidente de Novos Negócios da Acelen Renewables.

Leia mais em: https://agfeed.com.br/negocios/o-plano-de-r-12-bilhoes-da-acelen-para-fazer-com-macauba-o-biocombustivel-do-futuro/


JBS fornece resíduo animal para produzir combustível renovável de aviação no exterior

A JBS está fornecendo resíduos animais provenientes de suas operações no exterior para a produção de combustíveis renováveis para aviação e estuda iniciativas semelhantes no Brasil, por meio da Friboi , disse a companhia nesta segunda-feira.

Segundo a JBS, maior processadora de carnes do mundo, em dois anos 1,2 milhão de toneladas de sebo bovino e banha de porco de suas unidades nos Estados Unidos, Canadá e Austrália já foram direcionadas para a produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) e outros combustíveis renováveis.

Leia mais em: https://www.biodieselbr.com/noticias/biocombustivel/bioqav/jbs-fornece-residuo-animal-para-produzir-combustivel-renovavel-de-aviacao-no-exterior-230724


DOAÇÃO HOSPITAL DO CÂNCER

A FUNDAÇÃO PIO XII – HOSPITAL DE AMOR, completou 63 anos de existência em março de 2024, sempre tratando de pacientes com câncer com excelência, amor, humanização e com atendimento 100% gratuito pelo Sistema Único de Saúde(SUS).

O HOSPITAL DE AMOR para manter este padrão em tratamento, gasta mensalmente R$ 60 milhões.

O SUS nos repassa R$16 milhões/mês, deixando um déficit operacional mensal de R$44 milhões.

Neste contexto, foi criado o projeto “O AGRO CONTRA O CÂNCER” que visa arrecadar doações em todos os setores do AGRONEGÓCIO BRASILEIRO.

A parceria firmada entre o Hospital de Amor e a empresa Rural Ventures tem a finalidade de divulgar o Hospital de Amor em seus canais de conteúdo e ajudar nas arrecadações.

Contribua por meio do link: https://conteudo.ruralventures.com.br/hospital-amor


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